segunda-feira, 3 de junho de 2013

A Encarnação de Jesus Cristo - Mateus 1.18-25; Lucas 1.26-38


“Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo. Mas José, seu esposo, sendo justo e não a querendo infamar, resolveu deixá-la secretamente. Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles. Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco). Despertado José do sono, fez como lhe ordenara o anjo do Senhor e recebeu sua mulher. Contudo, não a conheceu, enquanto ela não deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Jesus.” 
(Mateus 1:18-25 RA)

“No sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado, da parte de Deus, para uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com certo homem da casa de Davi, cujo nome era José; a virgem chamava-se Maria. E, entrando o anjo aonde ela estava, disse: Alegra-te, muito favorecida! O Senhor é contigo. Ela, porém, ao ouvir esta palavra, perturbou-se muito e pôs-se a pensar no que significaria esta saudação. Mas o anjo lhe disse: Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim. Então, disse Maria ao anjo: Como será isto, pois não tenho relação com homem algum? Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus. E Isabel, tua parenta, igualmente concebeu um filho na sua velhice, sendo este já o sexto mês para aquela que diziam ser estéril. Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas. Então, disse Maria: Aqui está a serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a tua palavra. E o anjo se ausentou dela.” 
(Lucas 1:26-38 RA)

Quanto a encarnação de Jesus, o Credo Apostólico nos traz a informação de que Jesus foi concebido por obra do Espírito Santo no ventre de Maria, a qual era virgem. Mas quais as implicações dessas afirmações?
Em relação a Maria, a narrativa dos textos de Mateus e Lucas não nos deixa dúvidas. Ela era uma jovem virgem, que estava desposada com José. Estar desposada era algo semelhante a um noivado, contudo implicava num compromisso mais sério, onde o rompimento só poderia ser feito mediante o divórcio. Contudo, os noivos não moravam na mesma casa, nem tinham uma vida íntima. Assim, o casamento só se concretizava quando o homem recebia a mulher em sua casa. Maria foi virgem antes e durante a gestação, mas depois do nascimento de Jesus ela levou uma vida normal de mulher casada (Mt.1.25; 13.55-56).
Jesus foi concebido de uma forma única em nossa espécie. Sua concepção foi uma ação direta do Espírito Santo (Lc.1.35). Essa ação sobrenatural do Espírito Santo sobre Maria produziu um ser humano de verdade, mas ao mesmo tempo, dotado da plenitude divina. Jesus é o único indivíduo que possui 100% da natureza humana e 100% da natureza divina. Isso porque somente um homem pode carregar os pecados de outro (Hb.4.14-15; 2.14-18), ou seja nos representar como sumo sacerdote. Mas por outro lado, somente Deus pode salvar o ser humano da morte eterna consequente do pecado (Hb.7.25).
Por causa das duas naturezas, Cristo podia agir conforme as respectivas naturezas, porém, sem confusão e sem mistura. Em Filipenses 2.6-8, Paulo busca esclarecer essa questão para os seus leitores. Assim, na eternidade, Jesus sempre possuiu a totalidade do caráter divino e ao se encarnar continua tendo. O ato de assumir a forma de servo envolveu o recebimento de todas as circunstâncias do ser humano, ou seja, se humilhou. Aquele que vivia na forma de Deus com toda a sua glória, assumiu a forma humana com todas as suas debilidades. Por um espaço de tempo, a gloria divina do Filho ficou encoberta.
Tudo isso aconteceu porque um mero ser humano não poderia remir os pecados de si mesmo, que dirá de toda humanidade, pois o preço do pecado está fora de nossas possibilidades, mas está perfeitamente ao alcance do Deus Todo Poderoso.

Referência Bibliográfica:
ROSS, I.G.G. Curso Preparatório para  Pública Profissão de Fé. São Paulo: Cultura Cristã. Parte 1. 64p.



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