quarta-feira, 29 de maio de 2013

O Plano da Salvação do ponto de vista de um Calvinista


Hernandes Dias Lopes expõe de forma clara o plano da Salvação, tendo se em vista a Doutrina da Eleição. Veja e conheça melhor essa Doutrina.

O Senhorio de Jesus Cristo (João 13.12-20)



“Depois de lhes ter lavado os pés, tomou as vestes e, voltando à mesa, perguntou-lhes: Compreendeis o que vos fiz? Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; porque eu o sou. Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou. Ora, se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes. Não falo a respeito de todos vós, pois eu conheço aqueles que escolhi; é, antes, para que se cumpra a Escritura: Aquele que come do meu pão levantou contra mim seu calcanhar. Desde já vos digo, antes que aconteça, para que, quando acontecer, creiais que EU SOU. Em verdade, em verdade vos digo: quem recebe aquele que eu enviar, a mim me recebe; e quem me recebe recebe aquele que me enviou.” 
(João 13:12-20 RA)


Você já pensou na razão pela qual nós chamamos Jesus de Senhor? Seria apenas uma menção honrosa e de respeito para com Ele? Veremos hoje sobre a razão de chamarmos Jesus de Senhor, e desde já, quero deixar claro que título de SENHOR empregado a Jesus possui um sentido muito mais forte e profundo do que aparenta.
Para começar, não existi título maior ou superior a este, por isso Paulo faz questão de enfatizar em Filipenses 2.9-11, que o Senhorio de Cristo evoca autoridade absoluta sobre todas as coisas.
1- Senhor significa proprietário; Ser dono ou proprietário de algo significa ter autonomia sobre o que se possui. Ao adquirir um bem móvel ou imóvel, você tem a posse do mesmo para fazer o que bem entender. Assim sendo, somos propriedade de Cristo, pois ELE nos comprou com o preço do seu sangue (1Co 6.20), pois por natureza, éramos filhos da ira (Ef 2.3), destinados a morte eterna. Tendo Jesus nos comprado com seu sangue, agora somos sua propriedade (1Pe 2.9);
2- Senhor demanda exclusividade; Para exprimir sua relação para com Cristo, Paulo e outros escritores bíblicos, por vezes se denominam “servos” (doulos), tendo Cristo por Senhor. Essa relação requer exclusividade por parte do servo, pois a servidão não estava limitada a serviços, mas a vida do servo pertencia ao seu Senhor. Assim, Jesus deixa claro em Mt.6.24 que não se pode estar sob o governo de dois senhores, pois fatalmente um deles será desprezado. Todavia nossa relação de servidão a Cristo não se dá pela imposição do chicote, e sim pelo amor de Cristo que nos constrange (2Co 5.14);
3- Senhor significa realeza e soberania; O título senhor é pertencente aos reis, ou seja, àqueles que possuem poder para governar, lutar e conquistar. Em Fl.3.12 Paulo se considera alguém conquistado por Jesus. Mas podemos ver isso com mais clareza em Apocalipse 19.11-21. Nesse texto, a descrição de Jesus é a de um Rei revestido de toda autoridade para governar, julgar e dominar sobre até mesmo sobre os dominadores da terra. Rei dos reis. Cristo é Senhor sobre todos os principados e potestades (Colossenses 2.10);
4- Senhor significa divindade absoluta; No Antigo Testamento, SENHOR é a tradução de Yahweh (o grande EU SOU - Êxodo 3.14). Nomes que se referem exclusivamente a Deus, no A.T., são atribuídos a Jesus Cristo no N.T. Compare em os seguintes paralelos: A.T.: Is.44.6 com N.T. Ap. 1.17-18; Claramente se percebe em Jesus o cumprimento de Malaquias 3.1. Reconhecer Jesus como Senhor é reconhecer a sua deidade absoluta (Jo. 20.28);
Sendo Jesus o SENHOR, preciso ser eu o seu servo, sujeitando-me diariamente ao seu Senhorio e governo. Ser servo de Cristo não é algo humilhante ou degradante, mas sim o maior de todos os privilégios. Afinal, como o próprio Jesus disse: Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer.” (João 15:15 RA)

Referência Bibliográfica:

Adaptado de ROSS, I.G.G. Curso Preparatório para  Pública Profissão de Fé. São Paulo: Cultura Cristã. Parte 1. 64p.




sexta-feira, 24 de maio de 2013

A Divindade de Cristo - João 1.1-14



“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. A vida estava nele e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela. Houve um homem enviado por Deus cujo nome era João. Este veio como testemunha para que testificasse a respeito da luz, a fim de todos virem a crer por intermédio dele. Ele não era a luz, mas veio para que testificasse da luz, a saber, a verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem. O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.” 
(João 1:1-14 RA)


Comecemos nossa reflexão com um pequeno questionamento: Se Jesus não fosse divino, isso teria alguma interferência em nossa salvação? O que você acha?
Jesus é 100% homem e 100% Deus. Se Jesus não fosse um homem completo ele não poderia nos representar na cruz (Hebreus 2.14-18) e se Ele não fosse Deus não poderia suportar o peso dos pecados da humanidade nem ressuscitaria como aconteceu. Assim, o plano da Salvação depende da plena divindade de Jesus Cristo.
O nome "Jesus" quer dizer "Javé é Salvador", que nada mais é que a forma grega do nome hebraico "Josué". O título recebido por Jesus, que é “Cristo”, é a forma grega de “Messias”, que em português é “ungido”. Portanto, Jesus significa Salvador e Cristo significa ungido, aquele que foi ungido pelo Espírito Santo para realizar uma tríplice obra: Profeta, Sacerdote e Rei.
Jesus, o Cristo é o único Filho gerado por Deus (Para saber mais, leia sobre a Trindade AQUI), logo, tem uma relação singular com o Pai. Mas alem do sentido de Filho gerado, Jesus também possui o vínculo de filiação no sentido de semelhança ou igualdade (João 10.25-30).
Como fora dito no segundo estudo (AQUI), a Bíblia é a base de todos os nossos estudos e é nela que encontramos os argumentos necessários para cremos em Jesus como Deus. João Batista, reconheceu em Jesus o cumprimento de Isaías 40.3, testemunhou ser Jesus o Filho de Deus João 1.32-34 e em João 1.29 apontou para Jesus como sendo o Cordeiro de Deus. Em Isaías vemos outras profecias que também se cumprem em Jesus: Is.7.14 => Mt. 1.21; Is.40.3-5 => Lc. 3.4-6; Is. 61.1-3 => Lc. 4.18-21. (Leia o Evangelho de Mateus e veja muitas citações de profecias cumpridas)
Por diversas vezes Jesus também se revela como o Filho de Deus. Ainda criança, Jesus já dava sinais de sua relação com o Pai Lc. 2.49. Durante seu ministério, isso se tornou mais evidente: Jo.10.30; Jo.14.9-10; Mt.11.27. Em Mateus 28.18, vemos uma afirmação que implica na presença de atributos divinos em Jesus, tais como onisciência, onipresença e onipotência (Veja uma simples explicação do poder infinito de Jesus AQUI).
A verdade fundamental para o cristão é reconhecer a deidade absoluta de Jesus Cristo e confessar com fé sua morte substitutiva como a única base para receber o perdão dos pecados e a esperança da vida eterna. A rejeição ou a ignorância desses princípios impossibilitam qualquer esperança de ser aceito por Deus. Ele recebe somente aqueles que creem em Jesus Cristo.

Referência Bibliográfica:

ROSS, I.G.G. Curso Preparatório para  Pública Profissão de Fé. São Paulo: Cultura Cristã. Parte 1. 64p.




quarta-feira, 22 de maio de 2013

A Existência de Deus (Gênesis 1.1)




“No princípio, criou Deus os céus e a terra.”
(Gênesis 1:1 RA)



É interessante notar como a Bíblia trata sobre Deus, pois ela não se preocupa em provar a existência de seu Autor, antes, ela parte do pressuposto que Deus existe e ELE é o Criador. Se é assim, como podemos falar da existência de Deus?
A Religião é um fenômeno universal, e isso é um fato inegável. Por toda a face da Terra encontraremos povos completamente afastados entre si, mas que possuem em seus corações um claríssimo senso de divindade. “Esse conhecimento é inato e vem de duas fontes: a imagem de Deus em nós (Gn. 1.27) e o conhecimento gravado em nosso coração (Rm.2.15). Nesse sentido, o apóstolo Paulo afirma que Deus ‘Não se deixou ficar sem testemunho de si mesmo’ (At.14.17)” (ROSS, p.15) Embora muitos tentem negar, a verdade é que o homem sempre terá em si o senso da existência de Deus, mas o pecado sempre o leva para a negação de Deus (ateismo), ou para a distorção de Deus (idolatria e outras religiões em geral) (Rm. 1.19-21).
Esse Deus que se revela naturalmente pela sua criação (inclusive pelo próprio homem) e especialmente pela sua Palavra (a Bíblia), é chamado no Credo Apostólico (C.A.) de Pai. Essa nomenclatura também é comum nas nossas orações, mas você já pensou no por quê de chamarmos a Deus de Pai? A resposta que prontamente nos vem à língua é “porque Ele nos criou!” Mas eu nunca vi alguém criar algo e chamar esse algo de seu filho. Em primeira análise, nós não somos filhos de Deus, mas sim criaturas. Deus tem apenas um Filho (João 1.18; 1João 4.9; 1Pedro 1.3). O Simples fato de Deus ter criado nossa raça e ter nos dado a vida não nos faz seus filhos, logo, aquela história de que todo mundo é filho de Deus, está errada. O Filho de Deus é Jesus Cristo: Mateus 3.17.
Se é assim, então como fica o homem? Vejamos os textos: João1.11-14 e Romanos 8.12-17. Aqueles que estão em Cristo foram feitos filhos de Deus, adotados como co-herdeiros. Só é filho de Deus aquele que, pela Graça, recebeu Jesus como irmão e cumpre sua Palavra.
Alem de Pai, cremos que Deus é Todo-Poderoso, isto é, onipotente, onisciente e onipresente. No Salmo 135, Davi percebeu estes atributos Divinos de uma forma pessoal, ou seja, em sua relação com Deus. Porém é em Gênesis 1.1 que podemos ver a expressão máxima do Poder de Deus, pois o que havia antes de Gn.1.1? A resposta é: NADA alem da própria Trindade Divina. Até mesmo tempo e espaço foram criados. Assim, Deus mostra seu infinito poder ao trazer a existência todas as coisas usando apenas sua Palavra. O próprio mundo espiritual (Anjos) foi criado pela vontade de Deus. (Hebreus 11.3; Apocalipse 1.8, 22.13; Gênesis 17.1).

Referência Bibliográfica:

ROSS, I.G.G. Curso Preparatório para  Pública Profissão de Fé. São Paulo: Cultura Cristã. Parte 1. 64p.

Você pode gostar de assistir esse vídeo, onde o Dr. William Lane Craig silencia Peter Atkins, apologista ateu. AQUI



terça-feira, 21 de maio de 2013

A Trindade (Efésios 1.3-14)




“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado, no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça, que Deus derramou abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e prudência, desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo, de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu, como as da terra; nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade, a fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo; em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória.”
(Efésios 1:3-14 RA)



O primeiro passo a ser dado numa jornada rumo ao conhecimento, deve ser o da humildade. Quanto mais, se o conhecimento almejado é o Conhecimento de Deus. Por isso, antes de começarmos, certifique-se de tomar a humildade como lema para o estudo da Doutrina da Trindade, pois esta trata de algo que está alem da nossa limitada compreensão, O Ser de Deus.
“A Bíblia ensina que há um só Deus vivo e verdadeiro, que subsiste como Pai, Filho e Espírito Santo (Mateus 28.19; 2Coríntios 13.13). Quando falamos das três pessoas da Trindade, temos de ser cuidadosos para não pensar em três indivíduos absolutos e separados. Apesar de reconhecermos certas distinções na Trindade, não há confusão. Por exemplo, as três pessoas têm a mesma substância e são iguais em poder e glória. Contudo o Pai não é o Filho, e o Filho não é o Espírito Santo.” (ROSS, p.11) Podemos observar isso no ensino da Confissão de Fé de Westminster (CFW): “Cap.II, §.III. Na unidade da Divindade há três pessoas de uma mesma substância, poder e eternidade - Deus o Pai, Deus o Filho e Deus o Espírito Santo, O Pai não é de ninguém - não é nem gerado, nem procedente; o Filho é eternamente gerado do Pai; o Espírito Santo é eternamente procedente do Pai e do Filho. Ref. Mat. 3:16-17; 28-19; II Cor. 13:14; João 1:14, 18 e 15:26; Gal. 4:6.”
Embora a colocação da CFW possa dar a entender que o Pai veio antes do Filho, e o Espírito Santo depois de ambos, saiba que, “Nunca houve época em que a primeira pessoa da Trindade não tenha sido Deus, o Pai. Nunca ele veio a tornar-se o que não era antes. [...] Portanto, nunca tente colocar em Deus a noção de que ‘um dia ele veio a ser pai’, como acontece conosco, seres finitos e temporais.” (CAMPOS, 2002, p.131,132). Cada pessoa da Trindade sempre foi o que é, nunca houve alteração no ser de Deus.
O função de cada pessoa da Trindade se difere da seguinte forma: “Deus, o Pai, é a pessoa que ordena, estabelece, julga e nomeia; ele é também a pessoa a quem o culto é principalmente dirigido. O Filho, Jesus Cristo, aparece como o Redentor, a vítima sacrificial e o Mediador; ele é o consumador de nossa salvação [...] O Espírito Santo é o Santificador, as primícias da herança da glória do povir. Ele mora em nosso coração pela fé, [...] e é responsável tanto por nos dar acesso ao Pai quanto por produzir a imagem de Cristo em nós.” (BRAY, 2007,p.134,135).
Concluindo, há um único Deus, que subsiste em três pessoas, iguais em poder e glória. Negar essa doutrina, como fazem as Testemunhas de Jeová, é negar todo o Cristianismo.
Abrir mão da Sã Doutrina da Trindade é abrir do Cristianismo.
Para ver mais sobre esta Doutrina, leia as obras mencionadas na Referência Bibliográfica. Você também pode ler o Credo de Atanásio (AQUI), e o próprio Credo Apostólico.

Referência Bibliográfica:
BRAY, Gerald. A Doutrina de Deus. Traduzido por Vagner Barbosa. São Paulo: Cultura Cristã. 2007. 255p.

CAMPOS, H.C. O Ser de Deus e o seus atributos. 2ªed. São Paulo: Cultura Cristã. 2002. 432p.

ROSS, I.G.G. Curso Preparatório para  Pública Profissão de Fé. São Paulo: Cultura Cristã. Parte 1. 64p.



As Sagradas Escrituras (Salmo 19)



Os céus proclamam a glória de Deus, e o firmamento anuncia as obras das suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela conhecimento a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras, e deles não se ouve nenhum som; no entanto, por toda a terra se faz ouvir a sua voz, e as suas palavras, até aos confins do mundo. Aí, pôs uma tenda para o sol, o qual, como noivo que sai dos seus aposentos, se regozija como herói, a percorrer o seu caminho. Principia numa extremidade dos céus, e até à outra vai o seu percurso; e nada refoge ao seu calor. A lei do SENHOR é perfeita e restaura a alma; o testemunho do SENHOR é fiel e dá sabedoria aos símplices. Os preceitos do SENHOR são retos e alegram o coração; o mandamento do SENHOR é puro e ilumina os olhos. O temor do SENHOR é límpido e permanece para sempre; os juízos do SENHOR são verdadeiros e todos igualmente, justos. São mais desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos. Além disso, por eles se admoesta o teu servo; em os guardar, há grande recompensa. Quem há que possa discernir as próprias faltas? Absolve-me das que me são ocultas. Também da soberba guarda o teu servo, que ela não me domine; então, serei irrepreensível e ficarei livre de grande transgressão. As palavras dos meus lábios e o meditar do meu coração sejam agradáveis na tua presença, SENHOR, rocha minha e redentor meu!” 
(Salmos 19:1-14 RA)



Não se pode construir nada sem antes estabelecer firmemente os alicerces. Desde a mais humilde morada, aos maiores edifícios, todos, invariavelmente, carecem de suas bases. Esse princípio também é válido para a estrutura do Cristianismo. Pois se este não possuir uma base sólida e segura, jamais poderá subsistir frente as provas do mundo. Dessa forma, antes de erguermos nosso edifício através dos nosso estudos doutrinários, precisamos conhecer a base sobre qual construiremos, ou seja, a Bíblia.
O que é a Bíblia? Ora, ela é uma coleção de livros escritos sob as ordens e cuidados do próprio Deus. Portanto, a Bíblia é a Palavra de Deus expressa de forma escrita e organizada em 66 livros, os quais foram escritos por 36 (Alguns estudiosos afirmam ser maior este número) co-autores inspirados por Deus (2Pe.1.21), durante o período de aproximadamente 1600 anos.
Como sabemos que ela é inspirada por Deus? A inspiração foi o ato pelo qual Deus, mediante o Espírito Santo, moveu e guiou os escritores sagrados para que registrassem, de forma fiel e sem erros, toda a sua divina vontade. Alem das evidências intra-bíblicas, a experiência de incontáveis pessoas cujas vidas foram drasticamente transformadas pela simples meditação e leitura da Bíblia.
Por que precisamos dela? Porque somos pecadores! O homem foi feito com a perfeita capacidade de se relacionar com Deus, e também de enxergar seu Criador por de traz da criação. Porém, o pecado interfere nesse processo, assim, Deus busca o pecador e se revela a ele através de Sua Palavra com o propósito de redimi-lo. Portanto, a Bíblia nos fala quem é Deus e o que Ele quer de nós.
Esse Livro Divino é um presente de Deus para a humanidade, pois sem ele não conheceríamos nada sobre Deus e sua vontade para conosco. Mas é preciso estar atento para saber diferenciar algumas traduções bíblicas infiéis ao texto original (usada pelos Testemunhas de Jeová) e também Bíblias com livros acrescidos (livros apócrifos contidos na Bíblia Católica), os quais trazem ensinos contraditórios com as Escrituras Sagradas.
A Palavra de Deus é útil aqui na Terra, no Céu não teremos mais Bíblias, pois estaremos frente a plenitude da Revelação Divina. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (2 Timóteo 3:16-17 RA)
Que o Senhor abençoe sua vida através da leitura e meditação nas Sagradas Escrituras. Leia mais a Bíblia!

Referência Bibliográfica:
ROSS, I.G.G. Curso Preparatório para  Pública Profissão de Fé. São Paulo: Cultura Cristã. Parte 1. 64p.


Indicamos a leitura do livro: Por que Acreditar na Bíblia? Cujo autor, John Blanchard, faz uma defesa objetiva da veracidade e autenticidade da Bíblia. Com apenas 54 pag, este livro vai te surpreender pela clareza e peso dos argumentos.Clique aqui para baixar o livro.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

A Pública Profissão de Fé (Romanos 10.8-15)


“Porém que se diz? A palavra está perto de ti, na tua boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé que pregamos. Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação. Porquanto a Escritura diz: Todo aquele que nele crê não será confundido. Pois não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como, porém, invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos são os pés dos que anunciam coisas boas!” 

(Romanos 10:8-15 RA)

Este breve estudo tem o propósito de informar quanto a importância e as implicações do importante passo na vida de uma pessoa, que é, sua Pública Profissão de Fé (Abreviando - PPF). “Declarar a Fé é algo extremamente sério e deve partir de um coração sincero e uma mente consciente.” Até porque se você confessa algo e vive outra coisa completamente diferente, pela lógica, podemos ser chamados de loucos.
“Assim, a PPF consiste em se declarar formalmente, diante da Igreja, que cremos no Deus Triúno; que aceitamos as Escrituras como Palavra de Deus; que confessamos nosso pecado e a convicção de que em Cristo temos perdão e salvação; e que declaramos sujeição às autoridades da Igreja, segundo o padrão das Escrituras”.
Com o fim de instruir e confirmar a aptidão do candidato a PPF, o Conselho da Igreja Local, formado pelo pastor e presbíteros, examinará os candidatos sobre os seguintes temas: 1- Sua fé em Cristo; 2- Conhecimento Bíblico; 3- Sua experiência religiosa. Este exame não é um “bicho de sete cabeças”, mas sim um papo amigável sobre o que Deus tem feito e o que esperamos dele. Assim, após o cumprimento dessa exigências, estaremos prontos para Professarmos nossa Fé e nos tornarmos membro na Igreja Presbiteriana do Brasil e no Corpo de Cristo.
Contudo, fazer parte da Igreja do Senhor traz algumas responsabilidades muito sérias: 1- Ter a Bíblia como única regra de Fé e prática; 2- Honrar e Testemunhar o Evangelho; 3- Sustentar a Igreja em suas necessidades; 4- Obedecer às autoridades da Igreja; 5- Ser atuante em sua Igreja. Esses deveres te acompanharão por toda a sua jornada terrena.
Publicar sua Fé e ser Batizado não te fará um Cristão, apenas um membro de igreja, mas crer e fazer a vontade de Deus, imitando o comportamento de Cristo, isso sim te identificará como um legítimo Cristão, ou como diz João 1.12 “a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome.
Se você ainda não foi batizado, nem professou a sua fe, procure o seu pastor e manifeste o seu desejo de dar este importantíssimo passo em sua vida. Que Deus te abençoe.

Ev. Vanderson Scherre Gomes

Referência Bibliográfica:
ROSS, I.G.G. Curso Preparatório para  Pública Profissão de Fé. São Paulo: Cultura Cristã. Parte 1. 64p.