quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Para Relembrarmos os 496 anos da Reforma Protestante - CINCO SOLAS

Os Cinco Solas da Reforma Sola Scriptura, Sola Christus, Sola Gratia, Sola Fide, Soli Deo Gloria por Declaração de Cambridge SOLA SCRIPTURA: A Erosão da Autoridade Só a Escritura é a regra inerrante da vida da igreja, mas a igreja evangélica atual fez separação entre a Escritura e sua função oficial. Na prática, a igreja é guiada, por vezes demais, pela cultura. Técnicas terapêuticas, estratégias de marketing, e o ritmo do mundo de entretenimento muitas vezes tem mais voz naquilo que a igreja quer, em como funciona, e no que oferece, do que a Palavra de Deus. Os pastores negligenciam a supervisão do culto, que lhes compete, inclusive o conteúdo doutrinário da música. À medida que a autoridade bíblica foi abandonada na prática, que suas verdades se enfraqueceram na consciência cristã, e que suas doutrinas perderam sua proeminência, a igreja foi cada vez mais esvaziada de sua integridade, autoridade moral e discernimento. Em lugar de adaptar a fé cristã para satisfazer as necessidades sentidas dos consumidores, devemos proclamar a Lei como medida única da justiça verdadeira, e o evangelho como a única proclamação da verdade salvadora. A verdade bíblica é indispensável para a compreensão, o desvelo e a disciplina da igreja. A Escritura deve nos levar além de nossas necessidades percebidas para nossas necessidades reais, e libertar-nos do hábito de nos enxergar por meio das imagens sedutoras, clichês, promessas e prioridades da cultura massificada. É só à luz da verdade de Deus que nós nos entendemos corretamente e abrimos os olhos para a provisão de Deus para a nossa sociedade. A Bíblia, portanto, precisa ser ensinada e pregada na igreja. Os sermões precisam ser exposições da Bíblia e de seus ensino, não a expressão de opinião ou de idéias da época. Não devemos aceitar menos do que aquilo que Deus nos tem dado. A obra do Espírito Santo na experiência pessoal não pode ser desvinculada da Escritura. O Espírito não fala em formas que independem da Escritura. À parte da Escritura nunca teríamos conhecido a graça de Deus em Cristo. A Palavra bíblica, e não a experiência espiritual, é o teste da verdade. Tese 1: Sola Scriptura Reafirmamos a Escritura inerrante como fonte única de revelação divina escrita, única para constranger a consciência. A Bíblia sozinha ensina tudo o que é necessário para nossa salvação do pecado, e é o padrão pelo qual todo comportamento cristão deve ser avaliado. Negamos que qualquer credo, concílio ou indivíduo possa constranger a consciência de um crente, que o Espírito Santo fale independentemente de, ou contrariando, o que está exposto na Bíblia, ou que a experiência pessoal possa ser veículo de revelação. SOLO CHRISTUS: A Erosão da Fé Centrada em Cristo À medida que a fé evangélica se secularizou, seus interesses se confundiram com os da cultura. O resultado é uma perda de valores absolutos, um individualismo permissivo, a substituição da santidade pela integridade, do arrependimento pela recuperação, da verdade pela intuição, da fé pelo sentimento, da providência pelo acaso e da esperança duradoura pela gratificação imediata. Cristo e sua cruz se deslocaram do centro de nossa visão. Tese 2: Solus Christus Reafirmamos que nossa salvação é realizada unicamente pela obra mediatória do Cristo histórico. Sua vida sem pecado e sua expiação por si só são suficientes para nossa justificação e reconciliação com o Pai. Negamos que o evangelho esteja sendo pregado se a obra substitutiva de Cristo não estiver sendo declarada e a fé em Cristo e sua obra não estiver sendo invocada. SOLA GRATIA: A Erosão do Evangelho A Confiança desmerecida na capacidade humana é um produto da natureza humana decaída. Esta falsa confiança enche hoje o mundo evangélico – desde o evangelho da auto-estima até o evangelho da saúde e da prosperidade, desde aqueles que já transformaram o evangelho num produto vendável e os pecadores em consumidores e aqueles que tratam a fé cristã como verdadeira simplesmente porque funciona. Isso faz calar a doutrina da justificação, a despeito dos compromissos oficiais de nossas igrejas. A graça de Deus em Cristo não só é necessária como é a única causa eficaz da salvação. Confessamos que os seres humanos nascem espiritualmente mortos e nem mesmo são capazes de cooperar com a graça regeneradora. Tese 3: Sola Gratia Reafirmamos que na salvação somos resgatados da ira de Deus unicamente pela sua graça. A obra sobrenatural do Espírito Santo é que nos leva a Cristo, soltando-nos de nossa servidão ao pecado e erguendo-nos da morte espiritual à vida espiritual. Negamos que a salvação seja em qualquer sentido obra humana. Os métodos, técnicas ou estratégias humanas por si só não podem realizar essa transformação. A fé não é produzida pela nossa natureza não-regenerada. SOLA FIDE: A Erosão do Artigo Primordial A justificação é somente pela graça, somente por intermédio da fé, somente por causa de Cristo. Este é o artigo pelo qual a igreja se sustenta ou cai. É um artigo muitas vezes ignorado, distorcido, ou por vezes até negado por líderes, estudiosos e pastores que professam ser evangélicos. Embora a natureza humana decaída sempre tenha recuado de professar sua necessidade da justiça imputada de Cristo, a modernidade alimenta as chamas desse descontentamento com o Evangelho bíblico. Já permitimos que esse descontentamento dite a natureza de nosso ministério e o conteúdo de nossa pregação. Muitas pessoas ligadas ao movimento do crescimento da igreja acreditam que um entendimento sociológico daqueles que vêm assistir aos cultos é tão importante para o êxito do evangelho como o é a verdade bíblica proclamada. Como resultado, as convicções teológicas freqüentemente desaparecem, divorciadas do trabalho do ministério. A orientação publicitária de marketing em muitas igrejas leva isso mais adiante, apegando a distinção entre a Palavra bíblica e o mundo, roubando da cruz de Cristo a sua ofensa e reduzindo a fé cristã aos princípios e métodos que oferecem sucesso às empresas seculares. Embora possam crer na teologia da cruz, esses movimentos, na verdade, estão esvaziando-a de seu conteúdo. Não existe evangelho a não ser o da substituição de Cristo em nosso lugar, pela qual Deus lhe imputou o nosso pecado e nos imputou a sua justiça. Por ele Ter levado sobre si a punição de nossa culpa, nós agora andamos na sua graça como aqueles que são para sempre perdoados, aceitos e adotados como filhos de Deus. Não há base para nossa aceitação diante de Deus a não ser na obra salvífica de Cristo; a base não é nosso patriotismo, devoção à igreja, ou probidade moral. O evangelho declara o que Deus fez por nós em Cristo. Não é sobre o que nós podemos fazer para alcançar Deus. Tese 4: Sola Fide Reafirmamos que a justificação é somente pela graça somente por intermédio da fé somente por causa de Cristo. Na justificação a retidão de Cristo nos é imputada como o único meio possível de satisfazer a perfeita justiça de Deus. Negamos que a justificação se baseie em qualquer mérito que em nós possa ser achado, ou com base numa infusão da justiça de Cristo em nós; ou que uma instituição que reivindique ser igreja, mas negue ou condene sola fide possa ser reconhecida como igreja legítima. SOLI DEO GLORIA: A Erosão do Culto Centrado em Deus Onde quer que, na igreja, se tenha perdido a autoridade da Bíblia, onde Cristo tenha sido colocado de lado, o evangelho tenha sido distorcido ou a fé pervertida, sempre foi por uma mesma razão. Nossos interesses substituíram os de Deus e nós estamos fazendo o trabalho dele a nosso modo. A perda da centralidade de Deus na vida da igreja de hoje é comum e lamentável. É essa perda que nos permite transformar o culto em entretenimento, a pregação do evangelho em marketing, o crer em técnica, o ser bom em sentir-nos bem e a fidelidade em ser bem-sucedido. Como resultado, Deus, Cristo e a Bíblia vêm significando muito pouco para nós e têm um peso irrelevante sobre nós. Deus não existe para satisfazer as ambições humanas, os desejos, os apetites de consumo, ou nossos interesses espirituais particulares. Precisamos nos focalizar em Deus em nossa adoração, e não em satisfazer nossas próprias necessidades. Deus é soberano no culto, não nós. Nossa preocupação precisa estar no reino de Deus, não em nossos próprios impérios, popularidade ou êxito. Tese 5: Soli Deo Gloria Reafirmamos que, como a salvação é de Deus e realizada por Deus, ela é para a glória de Deus e devemos glorificá-lo sempre. Devemos viver nossa vida inteira perante a face de Deus, sob a autoridade de Deus, e para sua glória somente. Negamos que possamos apropriadamente glorificar a Deus se nosso culto for confundido com entretenimento, se negligenciarmos ou a Lei ou o Evangelho em nossa pregação, ou se permitirmos que o afeiçoamento próprio, a auto-estima e a auto-realização se tornem opções alternativas ao evangelho.

Fonte: Declaração de Cambridge

domingo, 27 de outubro de 2013

A Graça de Deus e os seus Meios - Cl.2.10-15

Também, nele, estais aperfeiçoados. Ele é o cabeça de todo principado e potestade. Nele, também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo, tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos. E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da vossa carne, vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu- o inteiramente, encravando-o na cruz; e, despojando os principados e as potestades, publicamente os expôs ao desprezo, triunfando deles na cruz.” (Colossenses 2:10-15 RA)

O Sol brilha e a chuva cai para todos, independente das boas ou más ações das pessoas.Na Teologia, isso recebe o nome de graça comum, ou seja, pela sua Graça (favor imerecido), Deus derrama bênçãos que abrangem a todas as pessoas. Mas para os seus eleitos, aqueles que creram em Jesus e o confessaram ser Senhor e Salvador de suas vidas, Deus lhes reservou alguns “presentes extras”, que são os meios de graça.
Entende-se por meios de graça as vias, ou caminhos, ordinariamente estabelecidos por Deus, através dos quais O Espírito Santo salva, edifica, santifica e abençoa  os seus. Pegando carona com Charles Hodge: “Os meios de graça, segundo as normas de nossa Igreja, são a Palavra de Deus, os Sacramentos e a Oração.” (HODGE, 2001, p.1367, grifo nosso).
A Palavra de Deus é o primeiro e o mais importa dos meios de graça, pois enquanto os sacramentos e a oração, sem a instrução da Palavra, perdem o seu sentido,  “[...] a Palavra pode existir e também é completa sem os sacramentos, os sacramentos nunca são completos sem a Palavra.” (BERKHOF, 2009, p.569). Ainda, segundo Berkhof, a Bíblia é o princípio do conhecimento, de onde flui todo o conhecimento teológico e também é “[...] o meio que o Espírito Santo emprega para a propagação da Igreja e para a edificação e nutrição dos santos.” (BERKHOF, 2009, p.563). “A Palavra de Deus não só é necessária para a Salvação, mas também é divinamente eficaz para o cumprimento desse fim.” (HODGE, 2001, p.1367)  É a Palavra de Deus que orienta a oração e da sentido aos Sacramentos. (Sl.19; Sl.119; Jo.17.17; Rm.10.13-17;)
Por sua vez, “Os sacramentos (Batismo e Santa Ceia) são santos sinais e selos do pacto da graça, imediatamente instituídos por Deus para representar Cristo e os seus benefícios e confirmar o nosso interesse nele, bem como para fazer uma diferença visível entre os que pertencem à Igreja e o resto do mundo, e solenemente obrigá-los ao serviço de Deus em Cristo, segundo a sua palavra.” (CFW, XXVII.I). Quando eu estava me preparando para ser batizado e fazer minha pública profissão de fé, lembro-me do Pastor Altair repetindo sempre que “os sacramentos são sinais visíveis de uma graça invisível”. Os sacramentos são os mesmos tanto no Velho, quanto no Novo Testamento, Circuncisão e Páscoa no V.T. e Batismo e Santa Ceia no N.T. Embora os ritos sejam diferentes, a ordenança e o conteúdo espiritual é o mesmo. O Batismo e a Circuncisão identificam o pecador regenerado como admitidos junto ao corpo de Cristo, enquanto a Santa Ceia e a Páscoa apontam para a permanência e a comunhão dessa pessoa junto ao povo de Deus e ao próprio Cristo. “No A.T., os selos apontaram para o futuro, enquanto no N.T. são comemorativos.” (ROSS, p.38). (1Co.10.2; Cl.2.11; Dt.30.6; Ez. 36.25;)
A oração é um oferecimento de nossos desejos a Deus. A vida cristã sem oração não pode nem mesmo ser chamada de vida. Pois a vida cristã flui da oração e do meditar na Palavra. Muito mais vale um homem de oração nas mãos de Deus do que os maiores talentos intelectuais do mundo todo. A oração nos aproxima de Deus e, ao mesmo tempo, nos afasta do pecado. A oração é um meio de Graça, ou seja, um mecanismo instituído pelo próprio Deus para nos aproximarmos dele e, automaticamente, recebermos bênçãos, conforto e instrução. (1Ts 5:17; Rm.8.26) - Tome posse dos meios de graça que Deus preparou para você!


Referência Bibliográfica
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. Traduzido por Odayr Olivetti. São Paulo: Cultura Cristã. 3ª Ed. 2009. 720p.
HODGE, Charles. Teologia Sistemática. Traduzido por Valter G. Martins. São Paulo: Hagnos. 2001. 1711p.
ROSS, I.G.G. Curso Preparatório para  Pública Profissão de Fé. São Paulo: Cultura Cristã. Parte 2. 64p.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Uma animação poderosa

“Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais. Mas Deus, sendo rico em misericórdia, por causa do grande amor com que nos amou, e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, —pela graça sois salvos, e, juntamente com ele, nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus; para mostrar, nos séculos vindouros, a suprema riqueza da sua graça, em bondade para conosco, em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie.” (Efésios 2:1-9 RA)
Veja esta animação e entenda melhor esses versículos.


Jesus morreu para te dar vida. Creia nele, arrependa-se dos seus pecados e tenha uma nova vida com Jesus Cristo.

domingo, 20 de outubro de 2013

Conta tudo pra Deus

No seriado infantil popularmente conhecido no Brasil como Chaves, existem muitos personagens engraçados e cada um com suas características bem particulares. Uma delas, a “Pópis” é uma menina com uma voz fanha e que todas as vezes que alguém faz algo contra ela ou com um de seus amigos, ela logo chega e diz: “ah conta tudo pra sua mãe!” Essa é a fala mais marcante dessa personagem interpretada pela atriz mexicana Florinda Meza. A idéia por traz dessa fala é: se você não pode com essa situação, chame alguém que pode pra te ajudar.
Gostaria de pegar o gancho dessa fala e incentivar você a fazer o mesmo, porém, não é para você ficar contando tudo para sua mãe, e sim para DEUS. A Palavra de Deus nos diz que “[...] os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas” (1 Pedro 3:12). Quando alguém faz algo contra nós, ou situações que nos desagradam vão surgindo, por vezes nos sentimos sufocados e impelidos a falar daquilo que nos incomoda, o que pode acabar virando fofoca e murmuração, práticas que desagradam ao nosso Deus e não produzem nenhum resultado. Por isso, a melhor saída é contar tudo pra Deus, pois ELE é atencioso para com as nossas súplicas e se agrada do nosso clamor. Busque oportunidades de estar sozinho com Deus e ali abra o seu coração com toda sinceridade, temor e reverência.
Quando contamos tudo pra Deus, derramamos o nosso coração aflito e angustiado no altar do Senhor e em troca, recebemos o consolo, refrigério e o renovo do Senhor. Creia nisso, e siga contando tudo pra Deus. Deixando de lado toda maledicência e murmuração, “Pois quem quer amar a vida e ver dias felizes refreie a língua do mal e evite que os seus lábios falem dolosamente;” (1 Pedro 3:10)
Lugar de angústia é no altar do Senhor, não em nossos lábios ou coração. Que o Senhor nos ajude.

Mensagem do Boletim IPMtum 20/10/2013 - Ev. Vanderson Scherre Gomes