quarta-feira, 26 de junho de 2013

CREDO! A Doutrina dos Apóstolos.


Por volta do século VI, foi anexada a liturgia da Igreja do Senhor Jesus, que até aquele momento não possuía nenhuma divisão denominacional, uma confissão coletiva, chamada de “Credo Apostólico”. O Credo não recebeu o nome de Apostólico por ter sido criado pelos apóstolos, mas por ser ele um resumo da pregação e dos ensinos apostólicos, o qual era proclamado através das confissões batismais semelhantes a do eunuco Etíope (“Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus.” Atos 8:37). Assim foi tomando forma e adquirindo conteúdo, desenvolvendo-se entre os cristãos das primeiras gerações, até chegar em nossas mãos como está hoje:

"Creio em Deus Pai, Todo-poderoso criador do céu e da terra. Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor, o qual foi concebido por obra do Espírito Santo; Nasceu da virgem Maria; padeceu sob o poder de Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado; desceu ao Hades; ressurgiu dos mortos ao terceiro dia; subiu ao céu; está assentado à mão direita de Deus Pai Todo-poderoso, de onde há de vir julgar os vivos e os mortos. Creio no Espírito Santo; na santa Igreja universal; na comunhão dos santos; na remissão dos pecados; na ressurreição do corpo; na vida eterna. Amém."

Muitos acham estranho o uso do Credo Apostólico no meio protestante, pois o associam às práticas Católicas, mas devemos nos lembrar que o Credo Apostólico não é uma criação da Igreja Católica Romana. O Credo surgiu com os pais da igreja e possui um conteúdo riquíssimo e totalmente coerente com a mensagem Bíblica. Portanto, podemos e devemos fazer uso dessa confissão, não como algo a ser decorado e repetido, mas como um resumo daquilo que cremos como cristãos, servos do Senhor Jesus.
O nosso Credo Apostólico pode e deve ser usado nos cultos comunitários e também individualmente. Pois ele é teologicamente correto e é uma síntese daquilo que cremos enquanto cristão (Doutrina da TrindadeA Divindade de CristoEncarnação de Cristo e outras Doutrina já apresentadas aqui no Pitadinha de Doutrina e muitas outras que ainda serão). Mas ele não esgota o conjunto daquilo que cremos como Cristãos Evangélicos Reformados. Pois quando o Credo fora escrito, não havia necessidade de se defender, por exemplo, a Doutrina da Inerrância e Suficiência das Escrituras (AQUI).
O Credo Apostólico é um tesouro Teológico deixado pelos crentes das primeiras gerações para nós, crentes de gerações pós-modernas, (pra não dizer de segunda) mas que não podem perder suas raízes Doutrinárias, conforme Paulo nos instrui: Tem cuidado de ti mesmo e da doutrina. Continua nestes deveres; porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes.” (1 Timóteo 4:16).
Não se enganem, a nossa Igreja não precisa de "novidades" determinadas por modinhas seculares. A Igreja de Cristo precisa é da boa e velha "Doutrina dos apóstolos", a mesma que orientava a Igreja Primitiva (Atos 2.42-47).

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Predestinação, será?

Se tem uma doutrina muito discutida, mas ainda muito mal entendida, é a Doutrina da Eleição, ou Predestinação.
Para nos ajudar nessa questão, convido você para assistir os dois vídeos que lincaremos aqui. É importante que você os assista. O primeiro é com o Rev. Hernandes Dias Lopes.
Depois de ter assistido o primeiro vídeo, vamos pensar na seguinte questão: A Doutrina da Eleição é Bíblica? Vejamos: Romanos 8.30; Efésios 1.3-5; Atos 13.48; Isaías 65.22; Mateus 24.24; Colossenses 3.12; 2Timóteo 2.10; 1Pedro 1.1-2; Apocalipse 17.14; Marcos 13.20,22. Depois de ler todas essas referências Bíblicas tanto no Velho Testamento, quanto no Novo Testamento, não há como negar que a Predestinação seja Bíblia.
Contudo, muitos relutam em aceitá-la. Mas isso pode ser facilitado pela correta compreensão das seguintes doutrinas: 1- A Soberania de Deus; 2- A Depravação Humana.
1- A Soberania de Deus: Não há dúvidas de que Deus é soberano sobre todas as coisas, inclusiva sobre a nossa salvação. Pergunte-se a si mesmo, por que Deus se importaria em reinar soberano sobre o voo de pardais (Mt.6.26) e deixaria a salvação dos homens nas suas próprias mãos? (Jonas 2.9; Romanos 9.6-24; Filipenses 2.13; 42.2;)
2- A Depravação Humana: Por mais triste e humilhante seja essa verdade, se queremos compreender a predestinação, precisamos aceitar a nossa condição de  COMPLETAMENTE DEPRAVADOS. (Efésios 2.1; Romanos 3.10-12; Romanos 6.23; Isaías 64.6;) Não deixe de ler os textos Bíblicos. Nossa condição de pecado não é outra a não ser a morte. E como dizia C.H. Spurgeon, "Mortos não tem livre-arbítrio." Alias, mortos não têm nada alem de podridão. Sendo assim, como poderia o homem escolher a Deus? Ou fazer qualquer outra escolha? Mortos permanecem mortos a não ser que a vida seja novamente implantada nele pelo sopro do Espírito Santo de Deus. A Salvação é um ato da Graça Soberana de Deus.
Não podemos nos esquecer, de outra explicação de C.H.Spurgeon, A Graça de Deus não viola a vontade humana, mas triunfa docemente sobre ela.”
Para finalizar, veja as imagens abaixo e em seguida, assista o vídeo do Rev. Augustus Nicodemos Lopes.


Para finalizar, assista o vídeo do Rev. Augustus Nicodemos Lopes. Espero que esta breve compilação de versículos somadas as explicações, tenham colaborado com o seu entendimento sobre este assunto.

Catecismo de Heidelberg: SOU ungido, profeta, sacerdote e rei

Por que você é chamado cristão?

R. Porque pela fé sou membro de Cristo e, por isso, também sou ungido (2) para ser profeta, sacerdote e rei. Como profeta confesso o nome dEle (3) ; Como sacerdote ofereço minha vida a Ele como sacrifício vivo de gratidão (4) ; e como rei combato (5) , nesta vida, o pecado e o diabo, de livre consciência, e depois, na vida eterna, vou reinar com Ele sobre todas as criaturas (6).

(1) At 11:26. (2) Is 59:21; Jl 2:28; At 2:17; 1Co 6:15; 1Jo 2:27. (3) Mt 10:32,33; Rm 10:10. (4) Êx 19:6; Rm 12:1; 1Pe 2:5; Ap 1:6; Ap 5:8,10. (5) Rm 6:12,13; Gl 5:16,17; Ef 6:11; 1Tm 1:18,19; 1Pe 2:9,11. (6) 2Tm 2:12; Ap 22:5. (Retirado do Blog MCA, postado por Luciano Sena)

Os frutos da Reforma me surpreendem até hoje. Que interpretação maravilhosa! É maravilhoso saber que enquanto corpo (igreja), somos unidos a Cristo de tal maneira, que até mesmo os seus ofícios são estendidos aos cristãos. Contudo, traz sobre nós uma responsabilidade muito grande, a qual precisamos exercer com a mesma diligência e zelo que o nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo exerceu e exerce a mão direita de Deus Pai Todo-Poderoso.
Fortalecidos nestas convicções, precisamos nos dispor a servir com mais vigor àquele que tudo venceu em nosso lugar.
Louvado seja o Senhor!

quinta-feira, 20 de junho de 2013

A Realeza de Cristo Salmo 2; Atos 2.32-36


“Por que se enfurecem os gentios e os povos imaginam coisas vãs? Os reis da terra se levantam, e os príncipes conspiram contra o SENHOR e contra o seu Ungido, dizendo: Rompamos os seus laços e sacudamos de nós as suas algemas. Ri-se aquele que habita nos céus; o Senhor zomba deles. Na sua ira, a seu tempo, lhes há de falar e no seu furor os confundirá. Eu, porém, constituí o meu Rei sobre o meu santo monte Sião. Proclamarei o decreto do SENHOR: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei. Pede-me, e eu te darei as nações por herança e as extremidades da terra por tua possessão. Com vara de ferro as regerás e as despedaçarás como um vaso de oleiro. Agora, pois, ó reis, sede prudentes; deixai-vos advertir, juízes da terra. Servi ao SENHOR com temor e alegrai-vos nele com tremor. Beijai o Filho para que se não irrite, e não pereçais no caminho; porque dentro em pouco se lhe inflamará a ira. Bem-aventurados todos os que nele se refugiam.” 
(Salmos 2:1-12 RA)
“A este Jesus Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas. Exaltado, pois, à destra de Deus, tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vedes e ouvis. Porque Davi não subiu aos céus, mas ele mesmo declara: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés. Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo.” 
(Atos 2:32-36 RA)

Após a sua ascensão, conforme visto em nosso último estudo, Jesus foi instalado na mais alta e sublime posição possível, “à mão direita de Deus Pai Todo-Poderoso”. É importante compreender corretamente este fato, pois “Estar assentado à destra do rei podia ser apenas um sinal de honra, 1Rs 2.19, mas também podia denotar participação no governo e, consequentemente, na honra e na glória.” (BERKHOF, 2009, p.323). Cristo está “acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir não só no presente século, mas também no vindouro.” (Efésios 1.21)
Mas quais as implicações desse fato?
Estando à mão direita do Pai, Jesus continua exercendo seu ministério Messiânico, que se divide em três aspectos (REI, SACERDOTE e PROFETA):
1– Enquanto Rei, Cristo governo a totalidade da criação, o que também inclui o mundo espiritual. “Ele governa e protege a sua Igreja por seu Espírito, e também a governa por meio dos seus oficiais.” (BERKHOF, 2009, p.324). O Rei dos reis (Ap. 19.16) governa cada molécula, do universo criado.
2– Enquanto Sacerdote, “Cristo está apresentando continuamente o seu sacrifício consumando ao Pai como a base suficiente para a concessão da graça perdoadora de Deus.” (BERKHOF, 2009, p.324). Enquanto nosso Sumo-Sacerdote, o Filho comparece diante do Pai com o perfeito sacrifício em mãos, e ao mesmo tempo, com o seus representados pendurados em seu peitoral (Êx.28.29).
3– Enquanto Profeta, “[...] Cristo, mediante o Espírito, agiu e age como nosso grande Profeta de diversas maneiras: na inspiração da Escritura; na pregação dos apóstolos e dos ministros da Palavra; na direção da Igreja, fazendo dela a coluna e baluarte da verdade;” (BERKHOF, 2009, p.325). O ministério profético atua na edificação, orientação e exortação do povo de Deus, através da Palavra.
Entender que Jesus está exaltado à mais alta posição é algo maravilhoso, pois podemos descansar debaixo do seu governo absoluto, sabendo que nada está fora do seu alcance; Podemos confiar em sua mediação exclusiva,  porque Ele é o único, perfeito e suficiente mediador (1Tm.2.5; João 14.14, 15.16), assim, ELE ouve o nosso clamor e se compadece de nós (Hb 4.15); Por fim, podemos contar com sua orientação através de seu ministério profético, usando sua Palavra e aqueles que a pregam com fidelidade.

Referência Bibliográfica
BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. Traduzido por Odayr Olivetti. São Paulo: Cultura Cristã. 3ª Ed. 2009. 720p.
ROSS, I.G.G. Curso Preparatório para  Pública Profissão de Fé. São Paulo: Cultura Cristã. Parte 1. 64p.



domingo, 16 de junho de 2013

A Ascensão de Cristo - Sl. 110.1-7

“Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir.” (Atos 1:11 RA)

Disse o SENHOR ao meu senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés. O SENHOR enviará de Sião o cetro do seu poder, dizendo: Domina entre os teus inimigos. Apresentar-se-á voluntariamente o teu povo, no dia do teu poder; com santos ornamentos, como o orvalho emergindo da aurora, serão os teus jovens. O SENHOR jurou e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. O Senhor, à tua direita, no dia da sua ira, esmagará os reis. Ele julga entre as nações; enche-as de cadáveres; esmagará cabeças por toda a terra. De caminho, bebe na torrente e passa de cabeça erguida.” 
(Salmos 110:1-7 RA)

A frase “subir ao céu” refere-se à ascensão corpórea de Jesus o Cristo. Depois de ser crucificado e sepultado, Cristo ressurgiu dos mortos ao terceiro dia. Ele não subiu imediatamente ao céu. Sua ascensão demorou mais quarenta dias, durante os quais ele manifestou-se visivelmente para mais de quinhentas pessoas. A ascensão de Cristo aconteceu para que ele (1) apresentasse sua obra diante do Pai, (2) para que intercedesse pelo seus, (3) enviasse o Espírito Santo, (4) preparasse lugar para os seus e lhes (5) concedesse dons, além de outros benefícios.
Jesus veio a este mundo com uma missão muito definida. Salvar os eleitos de Deus dos seus pecados. Mas como se faz isso? Sabemos que o salário do pecado é a morte, logo, para que Cristo pudesse salvar os seus, Ele deveria morrer no lugar deles. O modelo sacrifical do Antigo Testamente já apontava para isto, dessa forma, era necessário que Jesus apresentasse sua obra ao Pai (Hb 9.11-12; 13.11-12). A ressurreição e ascensão de Jesus são prova incontestável da aceitação por parte de Deus do sacrifício de seu Filho como nosso substituto.
Desde a entrada do pecado no mundo, o homem tem acesso à presença de Deus somente pela intercessão de um mediador. Podemos ver isso acontecendo no A.T. onde os sacerdotes cumpriam esse papel. Em Cristo, toda a Lei foi cumprida e todo o sistema sacerdotal também. Por isso Jesus é o Sumo-Sacerdote,  (1Tm2.5; 1Jo.2.1-2; Hb.9.11-12;).
Jesus foi elevado aos Céus para que o Espírito Santo nos fosse enviado. Pois este procede do Pai e do Filho. Se Jesus não partisse, o Espírito Santo não viria (Jo.16.7) e Ele é o selo da nossa salvação. É o Espírito Santo que aplica aos nossos corações os méritos de Cristo (Rm.8.9; 2Co.1.21-22).
A ascensão de Cristo implica em algo que gostamos muito, Jesus está preparando nosso lugar no Céu. Podemos ver isso em Jo. 14.2. O Céu é uma realidade prometida por Cristo e aguardada por nós.
Jesus subir para o Espírito Santo descer, o que aconteceu no Pentecostes (At.2.1-4), fez-se necessário para que o Senhor capacitasse aos seus discípulos com dons espirituais para o serviço cristão (Ef.4.11-1; Tg.1.17; 2Pe.1.3).
Portanto, pela fé percebemos que o Senhor, pela sua entrada no céu, abriu o acesso ao reino celestial que Adão havia fechado. Também vemos que a posição de Cristo, à direita do Pai, traz grandes benefícios para nós, devido a sua mediação. Pela fé reconhecemos seu poder, do qual depende toda a nossa coragem, força, recursos e vitória sobre o maligno.


Referência Bibliográfica

ROSS, I.G.G. Curso Preparatório para  Pública Profissão de Fé. São Paulo: Cultura Cristã. Parte 1. 64p.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Vamos falar de dinheiro? O Ensino Bíblico dos Dízimos.


Falar de dinheiro não é uma tarefa fácil, pois muitos se sentem ofendidos, quando o assunto vem à tona. Contudo, precisamos nos lembrar que a Bíblia fala disso, e seria negligência nossa, omitir tal ensino. Até porque, muitas denominações têm distorcido o que a Bíblia fala sobre o dízimo, transformando-o em moeda de barganha com Deus, o que é errado.
“Entregar o dízimo ao Senhor quer dizer entregar-lhe a décima parte de nossos pertences, recebimentos ou lucros. Dizimista é aquele que dizima ao Senhor - entrega ao Senhor a décima parte.” (FONSECA, 1996, p.06)
Vejamos ao longo da narrativa Bíblica o que ela nos ensina sobre o dízimo:
Desde os patriarcas já encontramos a prática do Dízimo na vida de Abraão Gn. 14.18-20, Hb. 7.4; Jacó Gn. 28.20-22. Séculos depois, Moisés, homem usado por Deus na formação da Nação de Israel, institui o Dízimo Lv.27.30,32. No tempo dos reis, 2Cr. 31.5-6. As monarquias ruíram e o povo passou 70 anos em cativeiro. Ao retornarem a Terra Prometida, retomaram a prática dizimal ainda no período da readificação, Ne.12.44, 13.10-12. Malaquias trata da questão quando o povo tornou-se negligente com essa prática Ml.3.10. Tudo isso se encontra no Velho Testamento.
Mas o Novo Testamento também trata do assunto. Jesus fala disso ao fariseus em Mt.23.23 e Lc.11.42. Na Igreja Primitiva, vemos nossos irmãos ultrapassando o ensino do Dízimo, onde alguns vendiam tudo o que tinham para distribuir (At. 2.45, 4.34-37). Alem disso, ofertas, coletas e contribuições espontâneas eram comuns: Fp. 4.15,18; 2Co.8.1-15; Rm.15.25-27.
Assim, percebemos que o ensino e a prática do dízimo se encontram muito bem descritos e documentados,   o que desarma aqueles que querem negar esta doutrina (avarentos), e ao mesmo tempo, acaba com os caloteiros, ladrões e pilantras, que iludem as pessoas com ensinos distorcidos e as exploram. Por isso, lembre-se do que o Senhor disse através de Oséias: "O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento." (Oséias 4:6 RA) Não seja destruído pelo engano. Dispõe-te a conhecer a Palavra de Deus, pois essa é a única forma de você conhecer a vontade de Deus para a sua vida, e também de se prevenir dos enganadores.

Referência Bibliográfica:


FONSECA, Salvador M. A Doutrina Bíblica do Dízimo. Patrocínio: CEIBEL, 1996, 45p.


Para saber um pouco mais sobre o ensino Bíblico dos Dízimos, assista ao vídeo lincado abaixo. Palavra do Rev. Hernandes Dias Lopes sobre dízimos:

quarta-feira, 12 de junho de 2013

A Ressurreição de Cristo - Mateus 28.1-7


“No findar do sábado, ao entrar o primeiro dia da semana, Maria Madalena e a outra Maria foram ver o sepulcro. E eis que houve um grande terremoto; porque um anjo do Senhor desceu do céu, chegou-se, removeu a pedra e assentou-se sobre ela. O seu aspecto era como um relâmpago, e a sua veste, alva como a neve. E os guardas tremeram espavoridos e ficaram como se estivessem mortos. Mas o anjo, dirigindo-se às mulheres, disse: Não temais; porque sei que buscais Jesus, que foi crucificado. Ele não está aqui; ressuscitou, como tinha dito. Vinde ver onde ele jazia. Ide, pois, depressa e dizei aos seus discípulos que ele ressuscitou dos mortos e vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis. É como vos digo!” (Mateus 28:1-7 RA)

Para nós, Cristãos convictos, a ressurreição real, material e histórica de Jesus é ponto passivo em qualquer discussão. Mas desde os primórdios da Igreja, existem aqueles que não creem em Jesus Cristo como ele é revelado nas Escrituras, e inventam toda sorte de teorias mitológicas para apaziguar suas consciências culpadas. Tais pessoas, por não terem Fé na Palavra de Deus, preferem dar ouvidos ao ensino de velhas caducas, do que se alimentar da verdade (1Tm.4.7; 2Tm4.3).
A Ressurreição literal e material de Jesus é ponto central na mensagem do Evangelho, ela é a pedra fundamental de nossa fé. Fora da ressurreição não há Boa Nova, pois se Cristo não ressuscitou é vã a nossa fé e somos os mais infelizes da raça humana (1Co.15.14). Vejamos algumas das teorias que negam a ressurreição de Jesus:
A primeira teoria e também a mais antiga é a de que Jesus nunca ressuscitou realmente, seu corpo foi roubado e todo o resto é uma mentira. Como refutar essa teoria? Em Mateus 28.3-4, 11-15 vemos que os guardas temeram e foram subornados. Se Cristo não houvesse ressuscitado, as mentiras e o suborno não teriam nenhum sentido.
A segunda teoria é a de que Jesus não morreu realmente, mas apenas perdeu a consciência. Após tantas dores, Jesus desfaleceu, mas não morreu. Ficou inconsciente e foi tido por morto. Mas ao ser enfaixado e colocado em repouso no túmulo, se recuperou e acordou do coma. Como refutar essa teoria? (Açoites Mc15.15; Crucificação Lc 23.33; sangramento e expiração Lc.23.44-46; perfuração com lança João 19.34 “Água e sangue=coração parado”; Jesus volta do coma em perfeita saúde Lc. 24.13). Para ver mais sobre  a morte de Jesus, clique AQUI.
Se tudo isso tudo aconteceu com Jesus e ele não morreu, então Jesus é um X-men, tipo o Wolverine, com regeneração instantânea.
A terceira teoria é a de que Jesus não ressuscitou literalmente, mas sim na mensagem dos apóstolos. A mensagem da ressurreição foi uma forma de honrarem seu mestre. “Não importa se Cristo ressuscitou ou não, o que importa é que ele está vivo na pregação do Evangelho.” Por mais piedosa que essa frase pareça, ela é diabólica e mentirosa. Se pensarmos assim, estaremos negando o próprio Evangelho. Como refutar esta teoria? Paulo nos responde:
E apareceu a Cefas e, depois, aos doze. Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem. Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo.” (1 Coríntios 15:5-8 RA)
Ora, se é corrente pregar-se que Cristo ressuscitou dentre os mortos, como, pois, afirmam alguns dentre vós que não há ressurreição de mortos? E, se não há ressurreição de mortos, então, Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé; e somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam. Porque, se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados. E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram. Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens.” (1 Coríntios 15:12-19 RA)
A quarta teoria afirma que a ressurreição não foi real, ela foi fruto de uma visão imaginária. Por estarem submetidos a uma condição de stress muito forte, os discípulos tiveram a visão do mestre ressurreto. Como refutar essa teoria? (1Co 15.4-8).
A quinta teoria remete a um ensinamento filosófico da escola de Platão. Uma vez que a matéria é má e o espírito é bom, Jesus Ressuscitou apenas em espírito. Portanto, o que foi visto pelos discípulos não foi Jesus ressurreto, mas apenas um fantasma, a alma sem corpo de Jesus. Como refutar essa teoria? (Lc 24.36-43; Jo.20.27; Jo.21.13,14) Ao ler estes textos percebemos que Jesus interage com seus discípulos, sendo tocado e até mesmo comendo, algo possível somente a um corpo material;
A ressurreição de Cristo não consiste no mero fato de ter ELE voltado à vida e de se terem reunidos nele o corpo e a alma. Se fosse só isto, ele não poderia ter sido chamado “as primícias dos que dormem” (1Co.15.20), nem “o primogênito de entre os mortos” (Cl.1.18, Ap.1.5). A ressurreição de Jesus tem tríplice significado: 1– Constitui uma declaração do Pai de que Cristo satisfez todas as exigências da lei como obrigação pactual; 2– Simboliza o que acontecerá aos crentes na sua justificação, no seu nascimento espiritual e na sua ressurreição futura; 3– É a causa da nossa justificação, regeneração e ressurreição final.

Referência Bibliográfica

BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. Traduzido por Odayr Olivetti. São Paulo: Cultura Cristã. 3ª Ed. 2009. 720p.
ROSS, I.G.G. Curso Preparatório para  Pública Profissão de Fé. São Paulo: Cultura Cristã. Parte 1. 64p.

sábado, 8 de junho de 2013

A Morte de Cristo - Lucas 23.13-25, 44-49

“Então, reunindo Pilatos os principais sacerdotes, as autoridades e o povo, disse-lhes: Apresentastes-me este homem como agitador do povo; mas, tendo-o interrogado na vossa presença, nada verifiquei contra ele dos crimes de que o acusais. Nem tampouco Herodes, pois no-lo tornou a enviar. É, pois, claro que nada contra ele se verificou digno de morte. Portanto, após castigá-lo, soltá-lo-ei. [E era-lhe forçoso soltar-lhes um detento por ocasião da festa.] Toda a multidão, porém, gritava: Fora com este! Solta-nos Barrabás! Barrabás estava no cárcere por causa de uma sedição na cidade e também por homicídio. Desejando Pilatos soltar a Jesus, insistiu ainda. Eles, porém, mais gritavam: Crucifica-o! Crucifica-o! Então, pela terceira vez, lhes perguntou: Que mal fez este? De fato, nada achei contra ele para condená-lo à morte; portanto, depois de o castigar, soltá-lo-ei. Mas eles instavam com grandes gritos, pedindo que fosse crucificado. E o seu clamor prevaleceu. Então, Pilatos decidiu atender-lhes o pedido. Soltou aquele que estava encarcerado por causa da sedição e do homicídio, a quem eles pediam; e, quanto a Jesus, entregou-o à vontade deles.” (Lucas 23:13-25 RA)

 “Já era quase a hora sexta, e, escurecendo-se o sol, houve trevas sobre toda a terra até à hora nona. E rasgou-se pelo meio o véu do santuário. Então, Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou. Vendo o centurião o que tinha acontecido, deu glória a Deus, dizendo: Verdadeiramente, este homem era justo. E todas as multidões reunidas para este espetáculo, vendo o que havia acontecido, retiraram-se a lamentar, batendo nos peitos. Entretanto, todos os conhecidos de Jesus e as mulheres que o tinham seguido desde a Galiléia permaneceram a contemplar de longe estas coisas.” (Lucas 23:44-49 RA)

O Credo Apostólico não menciona a infância de Jesus Cristo nem seu ministério público de pregações, milagres, prodígios e sinais. Antes, trata diretamente da razão principal de sua encarnação, a saber, dar sua vida em resgate por pecadores (Mt.20.28; Mc.10.45). A morte substitutiva de Cristo é a única coisa que desvia a santa ira de Deus de nos lançar no inferno, pois é isso que os nossos pecados merecem.
Os relatos dos quatro evangelistas (Mateus, Marcos, Lucas e João) nos mostram como tudo aconteceu. Jesus foi traído por Judas Iscariotes (Lc.22.48) e entregue as autoridades religiosas dos judeus (Lc.22.54). Os quais os julgaram e em seguida o levaram para Pilatos, pois era a autoridade Romana naquela província. Ele exerceu governo na região de Jerusalém entre os anos 26-36 d.C.
Mesmo estando convencido da inocência de Jesus, Pilatos cedeu à pressão dos judeus. Ele sabia do motivo real dos judeus estarem entregando Jesus para a morte (Mc.15.10); A mulher de Pilatos o advertiu (Mt.27.19); e por si mesmo, Pilatos estava convencido da inocência de Jesus (Mt.27.24). Assim, aquele que se gabava de ter poder para salvar (Jo.19.10), preferiu se omitir, temeu as circunstâncias, não a verdade. Uma atitude covarde.
Jesus foi entregue aos soldados romanos para que estes o crucificassem. Ninguém jamais desceu vivo de uma cruz, nem mesmo Jesus. Ele foi pendurado para sofrer e morrer. Mas no caso de Jesus, sua cruz não era apenas um instrumento de tortura, mas também o altar onde o Cordeiro de Deus tomou sobre si os pecados dos eleitos de Deus (Isaias 53). Cristo morreu no lugar de pecadores, oferecendo sua vida como substitutiva. Um último detalhe sobre a morte de Jesus está registrado em João 19.34, onde o evangelista registra que ao ser perfurado pela lança, saiu de Jesus água e sangue. Isso significa que o coração de Jesus já estava parado quando tomou o golpe da lança. Permitindo que seu sangue se separasse em duas fases (água e glóbulos vermelhos).
Todo o sofrimento substitutivo que Cristo haveria de sofrer por nós, fora concretizado na cruz (Jo.19.30), contudo, sua humilhação ainda se estendeu por mais 3 dias, ou seja, o tempo em que Jesus esteve morto e sepultado. A volta ao pó é parte do castigo pelo pecado (Gn.3.19). Mas isso não significa que Jesus estava sofrendo castigos após a sua morte, como alguns argumentam.
Quando o Credo afirma que Jesus desceu ao Hades não significa que Ele foi para o inferno enquanto lugar, e sim que Ele sofreu os tormentos equivalentes ao inferno na cruz. Mas em última análise, Hades pode ser entendido como condição dos mortos, não necessariamente o inferno propriamente dito.


Referência Bibliográfica

Adaptado por Vanderson Scherre de: ROSS, I.G.G. Curso Preparatório para  Pública Profissão de Fé. São Paulo: Cultura Cristã. Parte 1. 64p.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Cinco coisas que você precisa saber antes de morrer



1-O Céu é uma realidade maravilhosa, com a qual podemos nos deparar após a morte, o que faz da morte não um fim em si mesmo, mas apenas uma passagem. A realidade do Céu é tão maravilhosa que Paulo chega a dizer o seguinte “mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.” (1 Coríntios 2:9 RA);
A beleza do futuro que nos aguarda é tamanha, que o autor de Apocalipse, João, ao ver, não consegue descrevê-la de outra forma a não ser assim: “A estrutura da muralha é de jaspe; também a cidade é de ouro puro, semelhante a vidro límpido.” (Apocalipse 21:18 RA) “As doze portas são doze pérolas, e cada uma dessas portas, de uma só pérola. A praça da cidade é de ouro puro, como vidro transparente.” (Apocalipse 21:21 RA);
Tudo isso é uma realidade maravilhosa e é o tesouro que Jesus tem preparado para os seus, “Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar.” (João 14:2 RA). Contudo, é preciso ressaltar que essa realidade maravilhosa do céu não é para todos. Vejo pessoas que vivem uma vida longe dos caminhos de Deus, seguindo o curso desse mundo segundo suas próprias paixões, e quando morrem, sempre chega alguém dizendo que “ela está melhor do que nós.” Mentira! E esta é a segunda coisa que você precisa saber antes de morrer:

2-O pecado nos impede de entrar no céu. Algumas ignoram essa realidade, mas o pecado esta presente em cada um nós, desde este pregador que vos escreve, até a mais tenra criança. O pecado é um mal universal dentro da raça humana. Sobre isso, Davi nos diz: “Eu nasci na iniquidade  e em pecado me concebeu minha mãe.” (Salmos 51:5 RA). Paulo diz mais: “pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,” (Romanos 3:23 RA). “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo (Adão), e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.” (Romanos 5:12 RA). Por isso, mesmo sendo o céu uma realidade maravilhosa, o pecado, que é uma tragédia horrível, nos impede de entrar nele. Mesmo que nos esforcemos em sermos bons, falharemos. Imagine Deus perguntando a você, Por que eu deveria você permitir que você entre no meu céu? Daí, você como uma boa pessoa que é diz: sou uma pessoa boa, ao longo da minha vida, pequei apenas 3 vezes ao dia, o que é praticamente impossível, pois a Bíblia diz que pecamos em palavras, ações e até pensamentos. Agora conta comigo: 3 por dia = 90 no mês = 1080 por ano. Então para cada ano de vida, você deve acrescer 1000 pecados. Será que com uma ficha assim, Deus autorizaria a sua entrada no céu? A verdade é que todos seriam sumariamente condenados ao inferno, pois apenas um único pecado seria suficiente para nos lançar no inferno. “Pois qualquer que guarda toda a lei, mas tropeça em um só ponto, se torna culpado de todos.” (Tiago 2:10 RA). Por isso, você precisa saber de uma terceira coisa:

3-Cristo morreu pelos nossos pecados. “Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras,” (1 Coríntios 15:3 RA).  “ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.” (Isaías 53:5 RA). Pois de “uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado.” (Hebreus 9:26 RA). Para pagar pelos nossos pecados, o Pai enviou seu Filho, o Santo, o Justo, o único concebido sem pecado para morrer pelos nossos pecados. “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.” (Isaías 53:4 RA). Cristo morreu pelos nossos pecados, pagando por eles com o seu próprio sangue. Na cruz do Calvário, Jesus suportou toda a Santíssima Ira do Pai contra o pecado dos seus eleitos. Dessa forma, a única solução para os nossos pecados é o Sacrifício substitutivo de Jesus. O que nos leva a quarta coisa que você precisa saber antes de morrer.

4-A Salvação é pela Graça mediante a fé. “Mas cremos que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus, como também aqueles o foram.” (Atos 15:11 RA); “Todavia, não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se, pela ofensa de um só, morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça de um só homem, Jesus Cristo, foram abundantes sobre muitos.” (Romanos 5:15 RA) “e estando nós mortos em nossos delitos, nos deu vida juntamente com Cristo, —pela graça sois salvos,” (Efésios 2:5 RA) “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus;” (Efésios 2:8 RA) Não há nada que você possa fazer para se salvar, a não ser ter fé plena e absoluta no filho de Deus, Jesus Cristo. E assim, como o ladrão na cruz, confessar publicamente seus pecados, renunciar-se a si mesmo e confessar ser Jesus o Senhor da sua vida, reconhecendo somente nele os méritos para a sua salvação. Pela Fé que nos é dada por Deus, devemos crer nos méritos de Cristo, refugiando-nos no único abrigo para a Ira divina. Não há outro meio de ser salvo, a não ser pela Graça, mediante a Fé. Em função disso...

5-Os Salvos por Jesus vivem para Ele. “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” (2 Coríntios 5:17 RA). Romanos 6.4 nos diz que devemos andar em novidade de vida. “Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro.” (Filipenses 1:21 RA). Uma vez que reconhecemos que a nossa salvação é um dom gratuito de Deus, cuja apropriação se dá pela fé. Resta-nos apenas fazer coro com Paulo e dizer que “para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro”. Dizer-se um filho de Deus, que crê em Jesus, mas na prática viver para o mundo e para o pecado, é uma incoerência. Somos salvos com um propósito, fazer brilhar nesse mundo a Glória de Deus. “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus.” (Mateus 5:16 RA).

Agora que você sabe de tudo isso, o que vai fazer? Continuará na mesma, ou tomará um novo rumo em sua vida?


“Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3:16 RA)

segunda-feira, 3 de junho de 2013

A Sã Doutrina Cantada e Encenada

“Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.” (Gálatas 2:19-20 RA)


A Encarnação de Jesus Cristo - Mateus 1.18-25; Lucas 1.26-38


“Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo Espírito Santo. Mas José, seu esposo, sendo justo e não a querendo infamar, resolveu deixá-la secretamente. Enquanto ponderava nestas coisas, eis que lhe apareceu, em sonho, um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles. Ora, tudo isto aconteceu para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor por intermédio do profeta: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco). Despertado José do sono, fez como lhe ordenara o anjo do Senhor e recebeu sua mulher. Contudo, não a conheceu, enquanto ela não deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Jesus.” 
(Mateus 1:18-25 RA)

“No sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado, da parte de Deus, para uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com certo homem da casa de Davi, cujo nome era José; a virgem chamava-se Maria. E, entrando o anjo aonde ela estava, disse: Alegra-te, muito favorecida! O Senhor é contigo. Ela, porém, ao ouvir esta palavra, perturbou-se muito e pôs-se a pensar no que significaria esta saudação. Mas o anjo lhe disse: Maria, não temas; porque achaste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem chamarás pelo nome de Jesus. Este será grande e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim. Então, disse Maria ao anjo: Como será isto, pois não tenho relação com homem algum? Respondeu-lhe o anjo: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus. E Isabel, tua parenta, igualmente concebeu um filho na sua velhice, sendo este já o sexto mês para aquela que diziam ser estéril. Porque para Deus não haverá impossíveis em todas as suas promessas. Então, disse Maria: Aqui está a serva do Senhor; que se cumpra em mim conforme a tua palavra. E o anjo se ausentou dela.” 
(Lucas 1:26-38 RA)

Quanto a encarnação de Jesus, o Credo Apostólico nos traz a informação de que Jesus foi concebido por obra do Espírito Santo no ventre de Maria, a qual era virgem. Mas quais as implicações dessas afirmações?
Em relação a Maria, a narrativa dos textos de Mateus e Lucas não nos deixa dúvidas. Ela era uma jovem virgem, que estava desposada com José. Estar desposada era algo semelhante a um noivado, contudo implicava num compromisso mais sério, onde o rompimento só poderia ser feito mediante o divórcio. Contudo, os noivos não moravam na mesma casa, nem tinham uma vida íntima. Assim, o casamento só se concretizava quando o homem recebia a mulher em sua casa. Maria foi virgem antes e durante a gestação, mas depois do nascimento de Jesus ela levou uma vida normal de mulher casada (Mt.1.25; 13.55-56).
Jesus foi concebido de uma forma única em nossa espécie. Sua concepção foi uma ação direta do Espírito Santo (Lc.1.35). Essa ação sobrenatural do Espírito Santo sobre Maria produziu um ser humano de verdade, mas ao mesmo tempo, dotado da plenitude divina. Jesus é o único indivíduo que possui 100% da natureza humana e 100% da natureza divina. Isso porque somente um homem pode carregar os pecados de outro (Hb.4.14-15; 2.14-18), ou seja nos representar como sumo sacerdote. Mas por outro lado, somente Deus pode salvar o ser humano da morte eterna consequente do pecado (Hb.7.25).
Por causa das duas naturezas, Cristo podia agir conforme as respectivas naturezas, porém, sem confusão e sem mistura. Em Filipenses 2.6-8, Paulo busca esclarecer essa questão para os seus leitores. Assim, na eternidade, Jesus sempre possuiu a totalidade do caráter divino e ao se encarnar continua tendo. O ato de assumir a forma de servo envolveu o recebimento de todas as circunstâncias do ser humano, ou seja, se humilhou. Aquele que vivia na forma de Deus com toda a sua glória, assumiu a forma humana com todas as suas debilidades. Por um espaço de tempo, a gloria divina do Filho ficou encoberta.
Tudo isso aconteceu porque um mero ser humano não poderia remir os pecados de si mesmo, que dirá de toda humanidade, pois o preço do pecado está fora de nossas possibilidades, mas está perfeitamente ao alcance do Deus Todo Poderoso.

Referência Bibliográfica:
ROSS, I.G.G. Curso Preparatório para  Pública Profissão de Fé. São Paulo: Cultura Cristã. Parte 1. 64p.