sábado, 8 de junho de 2013

A Morte de Cristo - Lucas 23.13-25, 44-49

“Então, reunindo Pilatos os principais sacerdotes, as autoridades e o povo, disse-lhes: Apresentastes-me este homem como agitador do povo; mas, tendo-o interrogado na vossa presença, nada verifiquei contra ele dos crimes de que o acusais. Nem tampouco Herodes, pois no-lo tornou a enviar. É, pois, claro que nada contra ele se verificou digno de morte. Portanto, após castigá-lo, soltá-lo-ei. [E era-lhe forçoso soltar-lhes um detento por ocasião da festa.] Toda a multidão, porém, gritava: Fora com este! Solta-nos Barrabás! Barrabás estava no cárcere por causa de uma sedição na cidade e também por homicídio. Desejando Pilatos soltar a Jesus, insistiu ainda. Eles, porém, mais gritavam: Crucifica-o! Crucifica-o! Então, pela terceira vez, lhes perguntou: Que mal fez este? De fato, nada achei contra ele para condená-lo à morte; portanto, depois de o castigar, soltá-lo-ei. Mas eles instavam com grandes gritos, pedindo que fosse crucificado. E o seu clamor prevaleceu. Então, Pilatos decidiu atender-lhes o pedido. Soltou aquele que estava encarcerado por causa da sedição e do homicídio, a quem eles pediam; e, quanto a Jesus, entregou-o à vontade deles.” (Lucas 23:13-25 RA)

 “Já era quase a hora sexta, e, escurecendo-se o sol, houve trevas sobre toda a terra até à hora nona. E rasgou-se pelo meio o véu do santuário. Então, Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou. Vendo o centurião o que tinha acontecido, deu glória a Deus, dizendo: Verdadeiramente, este homem era justo. E todas as multidões reunidas para este espetáculo, vendo o que havia acontecido, retiraram-se a lamentar, batendo nos peitos. Entretanto, todos os conhecidos de Jesus e as mulheres que o tinham seguido desde a Galiléia permaneceram a contemplar de longe estas coisas.” (Lucas 23:44-49 RA)

O Credo Apostólico não menciona a infância de Jesus Cristo nem seu ministério público de pregações, milagres, prodígios e sinais. Antes, trata diretamente da razão principal de sua encarnação, a saber, dar sua vida em resgate por pecadores (Mt.20.28; Mc.10.45). A morte substitutiva de Cristo é a única coisa que desvia a santa ira de Deus de nos lançar no inferno, pois é isso que os nossos pecados merecem.
Os relatos dos quatro evangelistas (Mateus, Marcos, Lucas e João) nos mostram como tudo aconteceu. Jesus foi traído por Judas Iscariotes (Lc.22.48) e entregue as autoridades religiosas dos judeus (Lc.22.54). Os quais os julgaram e em seguida o levaram para Pilatos, pois era a autoridade Romana naquela província. Ele exerceu governo na região de Jerusalém entre os anos 26-36 d.C.
Mesmo estando convencido da inocência de Jesus, Pilatos cedeu à pressão dos judeus. Ele sabia do motivo real dos judeus estarem entregando Jesus para a morte (Mc.15.10); A mulher de Pilatos o advertiu (Mt.27.19); e por si mesmo, Pilatos estava convencido da inocência de Jesus (Mt.27.24). Assim, aquele que se gabava de ter poder para salvar (Jo.19.10), preferiu se omitir, temeu as circunstâncias, não a verdade. Uma atitude covarde.
Jesus foi entregue aos soldados romanos para que estes o crucificassem. Ninguém jamais desceu vivo de uma cruz, nem mesmo Jesus. Ele foi pendurado para sofrer e morrer. Mas no caso de Jesus, sua cruz não era apenas um instrumento de tortura, mas também o altar onde o Cordeiro de Deus tomou sobre si os pecados dos eleitos de Deus (Isaias 53). Cristo morreu no lugar de pecadores, oferecendo sua vida como substitutiva. Um último detalhe sobre a morte de Jesus está registrado em João 19.34, onde o evangelista registra que ao ser perfurado pela lança, saiu de Jesus água e sangue. Isso significa que o coração de Jesus já estava parado quando tomou o golpe da lança. Permitindo que seu sangue se separasse em duas fases (água e glóbulos vermelhos).
Todo o sofrimento substitutivo que Cristo haveria de sofrer por nós, fora concretizado na cruz (Jo.19.30), contudo, sua humilhação ainda se estendeu por mais 3 dias, ou seja, o tempo em que Jesus esteve morto e sepultado. A volta ao pó é parte do castigo pelo pecado (Gn.3.19). Mas isso não significa que Jesus estava sofrendo castigos após a sua morte, como alguns argumentam.
Quando o Credo afirma que Jesus desceu ao Hades não significa que Ele foi para o inferno enquanto lugar, e sim que Ele sofreu os tormentos equivalentes ao inferno na cruz. Mas em última análise, Hades pode ser entendido como condição dos mortos, não necessariamente o inferno propriamente dito.


Referência Bibliográfica

Adaptado por Vanderson Scherre de: ROSS, I.G.G. Curso Preparatório para  Pública Profissão de Fé. São Paulo: Cultura Cristã. Parte 1. 64p.

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