quarta-feira, 29 de maio de 2013

O Senhorio de Jesus Cristo (João 13.12-20)



“Depois de lhes ter lavado os pés, tomou as vestes e, voltando à mesa, perguntou-lhes: Compreendeis o que vos fiz? Vós me chamais o Mestre e o Senhor e dizeis bem; porque eu o sou. Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também. Em verdade, em verdade vos digo que o servo não é maior do que seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou. Ora, se sabeis estas coisas, bem-aventurados sois se as praticardes. Não falo a respeito de todos vós, pois eu conheço aqueles que escolhi; é, antes, para que se cumpra a Escritura: Aquele que come do meu pão levantou contra mim seu calcanhar. Desde já vos digo, antes que aconteça, para que, quando acontecer, creiais que EU SOU. Em verdade, em verdade vos digo: quem recebe aquele que eu enviar, a mim me recebe; e quem me recebe recebe aquele que me enviou.” 
(João 13:12-20 RA)


Você já pensou na razão pela qual nós chamamos Jesus de Senhor? Seria apenas uma menção honrosa e de respeito para com Ele? Veremos hoje sobre a razão de chamarmos Jesus de Senhor, e desde já, quero deixar claro que título de SENHOR empregado a Jesus possui um sentido muito mais forte e profundo do que aparenta.
Para começar, não existi título maior ou superior a este, por isso Paulo faz questão de enfatizar em Filipenses 2.9-11, que o Senhorio de Cristo evoca autoridade absoluta sobre todas as coisas.
1- Senhor significa proprietário; Ser dono ou proprietário de algo significa ter autonomia sobre o que se possui. Ao adquirir um bem móvel ou imóvel, você tem a posse do mesmo para fazer o que bem entender. Assim sendo, somos propriedade de Cristo, pois ELE nos comprou com o preço do seu sangue (1Co 6.20), pois por natureza, éramos filhos da ira (Ef 2.3), destinados a morte eterna. Tendo Jesus nos comprado com seu sangue, agora somos sua propriedade (1Pe 2.9);
2- Senhor demanda exclusividade; Para exprimir sua relação para com Cristo, Paulo e outros escritores bíblicos, por vezes se denominam “servos” (doulos), tendo Cristo por Senhor. Essa relação requer exclusividade por parte do servo, pois a servidão não estava limitada a serviços, mas a vida do servo pertencia ao seu Senhor. Assim, Jesus deixa claro em Mt.6.24 que não se pode estar sob o governo de dois senhores, pois fatalmente um deles será desprezado. Todavia nossa relação de servidão a Cristo não se dá pela imposição do chicote, e sim pelo amor de Cristo que nos constrange (2Co 5.14);
3- Senhor significa realeza e soberania; O título senhor é pertencente aos reis, ou seja, àqueles que possuem poder para governar, lutar e conquistar. Em Fl.3.12 Paulo se considera alguém conquistado por Jesus. Mas podemos ver isso com mais clareza em Apocalipse 19.11-21. Nesse texto, a descrição de Jesus é a de um Rei revestido de toda autoridade para governar, julgar e dominar sobre até mesmo sobre os dominadores da terra. Rei dos reis. Cristo é Senhor sobre todos os principados e potestades (Colossenses 2.10);
4- Senhor significa divindade absoluta; No Antigo Testamento, SENHOR é a tradução de Yahweh (o grande EU SOU - Êxodo 3.14). Nomes que se referem exclusivamente a Deus, no A.T., são atribuídos a Jesus Cristo no N.T. Compare em os seguintes paralelos: A.T.: Is.44.6 com N.T. Ap. 1.17-18; Claramente se percebe em Jesus o cumprimento de Malaquias 3.1. Reconhecer Jesus como Senhor é reconhecer a sua deidade absoluta (Jo. 20.28);
Sendo Jesus o SENHOR, preciso ser eu o seu servo, sujeitando-me diariamente ao seu Senhorio e governo. Ser servo de Cristo não é algo humilhante ou degradante, mas sim o maior de todos os privilégios. Afinal, como o próprio Jesus disse: Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer.” (João 15:15 RA)

Referência Bibliográfica:

Adaptado de ROSS, I.G.G. Curso Preparatório para  Pública Profissão de Fé. São Paulo: Cultura Cristã. Parte 1. 64p.




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